A mansão vitoriana


Boa madrugada pessoal, para quem está acordado pelo menos. Bom gente, a introdução talvez não vai ficar tão grande assim, mas vim postar um textinho meu que eu tenho feito há muito tempo já. Na verdade eu estava fazendo um conto e treinando o estilo de redação "descrição" ao mesmo tempo. Na verdade era para eu continuar o capítulo e fazer um conto, mas quem sabe mais tarde, não é mesmo?! E como eu estava treinando meu estilo tem alguns errinhos e quero compartilhar aqui, perdoem os errinhos mas achei válido deixar (até porque era treininho). Faz parte da nossa história, nada é perfeito! Enfim, rolem mais.


Inglaterra, Londres. Sec. XIX, 06 de Junho de 1846.
No pôr do sol, em uma carruagem nobre no meio da cidade, onde mercadores e artistas se entretiam, era levada Alicia, uma garota ruiva que ia passar a viver na cidade de Londres junto com sua tia por causa da morte de sua mãe.No pôr do sol, em uma carruagem nobre no meio da cidade, onde mercadores e artistas se entretiam, era levada Alicia, uma garota ruiva que ia passar a viver na cidade de Londres junto com sua tia por causa da morte de sua mãe.
A carruagem para na frente de uma bela e grande mansão vermelha. É quando Alicia põe seus pês para fora dela e carrega a pesada saia por causa das anáguas para poder sair e felizmente com dificuldades, Alicia consegue sair da carruagem.
Ela olha por todo o lado da cidade de Londres. Vê o quão diferente era morar no interior, porque agora, ela teria de se virar para poder viver no meio de uma cidade grande e desconhecida. A garota chega nos grandes portões pretos de sua nova moradia e ele se abre. No interior, há um grande corredor de mármore e nos lados, vasos do mesmo material com cravos rosas. No fim do corredor há uma abóbada, que também era feita de mármore, que levava ao interior da mansão.
Alicia, andando pelo corredor, com muita dificuldades por causa de sua bota com um salto pontudo que ficava engatando nos buraquinhos, finalmente chega na entrada da mansão. Ela vê que a sala era branca e no fundo tinha um imenso quadro da senhora Gisele, sua tia com quem passaria a morar. Aos lados tinha vasos com cravos rosas, o mesmo modelo que estava na entrada, porém, menor. A tia gostava mesmo de Cravos rosas. Pensou Alicia.
Alicia se encantava com cada pedacinho da mansão, onde tudo era bem detalhado. Num lado tinha grandes decorações e uma bíblia numa mesa. No outro lado, tinha uma escada charmosa levando ao segundo andar.
De repente, aparece Sra. Gisele, com braços abertos para a Ruiva. Ela era rechonchuda. Não só a cara como também todo o corpo também era rechonchudo.
-Olha só como minha sobrinha cresceu! -Diz enquando corre em direção de Alicia.- E que cintura mais fina é essa! –Diz quando ela pega na cintura de da menina e a compara com a própria.
-Muito obrigada tia.
Alicia era magra de nascença, comia comia e não engordava. Era o ser humano que mais comia neste mundo. Até porque era a primeira vez dela a usar um espartilho. Já estava se sentindo sufocada. Sua cintura era mais ou menos de 43cm.
-Eu realmente sinto muito pela sua mãe! Não pude salva-la a tempo! Eu sei que tentou salva-la, porém isso não foi possível não é mesmo? Pobre Sue... Se vocês tivessem um pouquinho mais de suprimentos... se eu soubesse, iria ter mandado para vocês... –Disse a tia quase chorando.
-Tia... – Fala Alicia quase choramingando se lembrando de momentos ruins.
Sentadas as duas na sala de estar, em sofás vermelhos, tomavam uma xícara de chá. Gisele, contando histórias e Alicia as escutando parecendo interessada, e ela realmente estaria interessada se não fosse pelo chá que elas tomavam porque Alicia era realmente a pessoa que mais comia neste mundo.
-Seus olhos são lindos, são tão verdes... – Disse a tia tocando no rosto da ruiva.
-Obrigada. –E Alicia enchia novamente sua xícara.
O chá era escuro, não dava para ver o fundo da xícara, era como que se jogasse um anel lá, iria para algum outro lugar e nunca mais voltaria. Como uma garota curiosa, ela pegou um biscoito do prato ao lado do bule e comeu deixando apenas um pequeno pedaço e o jogou dentro da xícara para ver se ele voltava. E apenas caiu. Não voltou! Alicia olhou para o conteúdo no interior da xícara por um bom tempo, olhando o reflexo do seu olho no líquido preto, ela poderia ficar assim para sempre, se não fosse Gisele a chamando.
-Alicia, Alicia? Está tudo bem?
Alicia logo desviou o olhar.
-Sim, sim tia, me desculpe. -E ela bebeu o chá.
-Que bom, você parou um momento. Enfim, o que você gosta? Agora posso contar as histórias de como conheci sr. Wilson e de como me casei com ele... –Dizia feliz e cheia de graça.
Novamente Alicia encheu a xícara e enquanto a tia reconchuda contava suas histórias. A garota esfomeada pegava todos os biscoitos até que acabou. E enchia de novo e de novo enquanto Gisele contava suas histórias.
-E no fim eu pedi para Antony pintar meu quadro e pregar nessa parede. O que você achou? –Disse enquanto Alicia colocava o último pingo de chá na xícara. -Ah, r-realmente ficou demais.
-Minha sobrinha, você herdará toda a nossa fortuna. Além de linda, é sortuda, eihn!? Não pude ter filhos, sou histerica, mas quero que você tenha uma boa vida e seja feliz. –Gisele, nesse momento segurou a mão da ruiva.
-Obrigada tia...
-Bom, suba, Wesley irá lhe mostrar seu quarto.
No corredor do segundo andar era enorme, feito de madeira e com um longo tapete vermelho. Havia várias portas, a parede era branca e com várias luminárias de vidro no teto. Finalmente Wesley, o mordomo de Gisele abriu uma porta em que era o seu quarto. Era enorme. Tinha uma cama de casal vermelha e tinha várias bonequinhas de pano nas estantes ao lado da cama. A parede era azul bebê e o chão era um amarelo pacífico. O cheiro era acalmante e no fundo do quarto tinha uma janela branca com cortinas de renda da mesma cor.

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